Trump expressa otimismo sobre acordo comercial com a China

Presidente dos EUA acredita em entendimento com a China e outros países após aumento de tarifas.

há aproximadamente 8 horas
Trump expressa otimismo sobre acordo comercial com a China

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Resumo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou otimismo quanto a um possível acordo comercial com a China, apesar do recente aumento das tarifas sobre as importações chinesas, que agora atingem 125%. Trump acredita que tanto ele quanto o líder chinês, Xi Jinping, estão interessados em encontrar uma solução para a guerra comercial, embora reconheça que a China enfrenta dificuldades em como proceder. Após o aumento das tarifas, que geraram incertezas nos mercados financeiros, Trump suspendeu temporariamente as sobretaxas a outros países por 90 dias. Em resposta, a China anunciou uma taxa adicional de retaliação de 50% sobre produtos norte-americanos, elevando a taxa total para 104%. O governo chinês reafirmou sua determinação em responder a qualquer ação econômica dos EUA, enquanto a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, alertou para uma possível contração significativa do comércio bilateral, que pode afetar severamente a economia global.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou otimismo em relação a um possível entendimento com todos os países que enfrentam sobretaxas aduaneiras, incluindo a China. Em declarações recentes, Trump afirmou que o líder chinês, Xi Jinping, está interessado em um acordo que possa pôr fim à guerra comercial, embora o descreva como uma pessoa "orgulhosa".

Após anunciar um aumento significativo das tarifas sobre as importações chinesas, que agora chegam a 125%, Trump suspendeu temporariamente as sobretaxas aplicadas a outros países por um período de 90 dias. Ele acredita que "haverá um acordo com a China (...) e com todos" os países afetados, embora tenha reconhecido que a China "quer chegar a um acordo", mas "não sabe bem como o fazer". As tarifas punitivas implementadas por Trump têm gerado incertezas nos mercados financeiros globais, levando a uma volatilidade acentuada nas últimas semanas.

O presidente justificou a sua decisão de aumentar as tarifas, afirmando que era uma medida necessária para corrigir uma situação de desvantagem comercial. Ele também comentou que estava a monitorar a subida dos juros das obrigações do Tesouro, o que o levou a reconsiderar a aplicação das sobretaxas. "Estava a observar o mercado de obrigações. É um mercado muito complicado", disse Trump, acrescentando que as suas tarifas estavam a "assustar um pouco as pessoas" e que é importante ser flexível.

Em resposta ao aumento das tarifas norte-americanas, a China anunciou uma taxa adicional de retaliação de 50% sobre as importações dos EUA, elevando a taxa total para 84%. O Ministério das Finanças chinês confirmou que essas novas taxas se aplicam além das 34% previamente anunciadas. As novas tarifas entrarão em vigor na quinta-feira, e, no total, os produtos norte-americanos enfrentarão uma taxa de 104% na China, igualando as tarifas impostas por Trump.

O governo chinês reafirmou sua disposição de responder com firmeza a qualquer intensificação das medidas econômicas e comerciais por parte dos Estados Unidos. "Com vontade firme e recursos abundantes, a China tomará resolutamente contramedidas e lutará até ao fim", declarou o Ministério do Comércio chinês. A administração de Trump, por sua vez, já havia imposto uma taxa "recíproca" de 34% à China, que foi posteriormente aumentada em 50%.

A escalada das tensões comerciais ocorre em um momento em que os mercados financeiros estão sob pressão, com vendas de títulos do Tesouro e quedas acentuadas nos principais índices globais. A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, alertou que as tensões entre os EUA e a China podem resultar em uma contração significativa do comércio bilateral, estimando uma redução de até 80%. Ela destacou que as duas nações representam 3% do comércio mundial e que o confronto atual pode ter repercussões econômicas globais severas.