Pilotos da Portugália encerram greve após acordo com administração

Acordo aprovado com 91% dos votos garante postos de trabalho e futuro dos pilotos.

há aproximadamente 10 horas
Pilotos da Portugália encerram greve após acordo com administração

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Resumo

Os pilotos da Portugália chegaram a um acordo com a administração da companhia aérea, encerrando a greve prevista entre 28 de março e 11 de abril. O Sindicato Independente de Pilotos de Linha Aérea (SIPLA) anunciou que o acordo foi aprovado em assembleia-geral extraordinária com 91% dos votos a favor, representando uma "verdadeira salvaguarda" para os postos de trabalho e o futuro dos pilotos. O SIPLA agradeceu a solidariedade dos pilotos não associados e de outros setores da empresa durante o processo. Esta greve, a primeira na história do SIPLA, simbolizou a união dos pilotos e marca o início de uma nova fase de trabalho. Antes do acordo, o SIPLA havia renovado uma greve a tempo parcial, com uma adesão média de 95%. Durante o conflito, a TAP planeava reduzir a frota da Portugália, sem garantias de integração dos trabalhadores. O SIPLA também apresentou uma queixa à Autoridade da Concorrência por alegadas violações das regras de concorrência. Com o acordo em vigor, espera-se que a situação se estabilize, permitindo que os pilotos continuem a desempenhar um papel vital na aviação nacional.

Os pilotos da Portugália chegaram a um acordo com a administração da companhia aérea, encerrando assim a greve que estava prevista entre 28 de março e 11 de abril. A decisão foi anunciada pelo Sindicato Independente de Pilotos de Linha Aérea (SIPLA), que revelou que o acordo foi aprovado em assembleia-geral extraordinária com uma expressiva maioria de 91% dos votos a favor.

Em comunicado enviado aos seus associados, o SIPLA destacou que este acordo representa uma "verdadeira salvaguarda" para os postos de trabalho e o futuro dos pilotos, uma conquista que, segundo o sindicato, só foi possível graças à união dos trabalhadores. O SIPLA também expressou agradecimentos aos pilotos não associados que se juntaram ao movimento, assim como a todos os setores da empresa que demonstraram solidariedade durante o processo.

Esta greve, que foi a primeira na história do SIPLA, simbolizou a união dos pilotos da Portugália e, segundo o sindicato, marca o início de uma nova fase de trabalho, caracterizada por tranquilidade e dignidade. Antes da aprovação do acordo, o sindicato havia decidido renovar a greve a tempo parcial, que já tinha sido implementada de 12 a 27 de março, com uma adesão média de 95%.

Durante o período de tensão, o SIPLA informou que a TAP planeava reduzir a frota da Portugália de 19 para 17 aeronaves, sem garantias de que os trabalhadores seriam integrados na companhia aérea de bandeira. Além disso, o sindicato apresentou uma queixa à Autoridade da Concorrência (AdC) por alegadas violações das regras de concorrência no Regulamento do Recurso à Contratação Externa (RRCE), que visa limitar a contratação de voos externos pela TAP, incluindo a Portugália.

Este regulamento, em vigor desde 1998, tem como objetivo proteger os direitos dos pilotos da TAP, impondo limites que, se ultrapassados, resultam em compensações indemnizatórias. No ano passado, o protocolo gerou custos de 60 milhões de euros, resultando no pagamento de seis salários-base extraordinários a cada piloto da TAP, conforme noticiado pelo Expresso.

Os pilotos da Portugália, que em 2023 realizaram cerca de 25% do total de voos da TAP, têm expressado preocupações sobre as implicações deste protocolo, argumentando que reforça a percepção de que a Portugália é tratada como uma "empresa externa". Com o acordo agora em vigor, espera-se que a situação se estabilize e que os pilotos possam continuar a desempenhar o seu papel vital na aviação nacional.