Qualidade do ar na UE: 94% da população urbana exposta a poluição

Relatório da AEA revela que a poluição do ar continua a afetar a saúde na Europa.

há aproximadamente 16 horas
Qualidade do ar na UE: 94% da população urbana exposta a poluição

© Paulo Spranger / Arquivo

Resumo

Um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) revela que 94% da população urbana da União Europeia está exposta a níveis de poluição do ar, especificamente a partículas PM2,5, que superam os limites recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Apesar dos progressos desde 2011, o estudo destaca a necessidade de ações mais rigorosas para garantir um ar mais limpo nas cidades, com novos padrões a serem cumpridos até 2030. As partículas PM2,5 são particularmente perigosas, pois podem penetrar nos pulmões e causar sérios problemas de saúde. Embora a maioria das estações de monitorização da poluição na UE cumpra os limites para poluentes como o dióxido de azoto (NO2), a poluição do ar continua a ser o maior risco ambiental para a saúde na Europa, contribuindo para doenças e mortes evitáveis. Este relatório é o primeiro de uma série sobre a "Qualidade do ar na Europa 2025", que incluirá dados sobre emissões de poluentes e seus impactos na saúde humana.

A qualidade do ar na União Europeia continua a ser uma preocupação significativa, com a maioria da população urbana ainda exposta a níveis de poluição atmosférica prejudiciais à saúde. Um relatório recente da Agência Europeia do Ambiente (AEA), divulgado esta quarta-feira, revela que 94% dos habitantes das cidades europeias permanecem expostos a concentrações de PM2,5 que ultrapassam os limites recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora tenha havido progressos desde 2011, quando todos os países da UE começaram a reduzir a exposição a este poluente, o estudo sublinha que ainda há muito a fazer para garantir um ar mais limpo nas áreas urbanas.

As partículas PM2,5, que têm um diâmetro inferior a 2,5 micrómetros, são especialmente perigosas, pois conseguem penetrar nos pulmões e causar uma série de problemas de saúde. O relatório da AEA enfatiza a necessidade de ações mais rigorosas nas cidades para cumprir os novos padrões da UE, que foram recentemente revistos e devem ser alcançados até 2030. A agência acredita que o cumprimento desses limites ajudará a mitigar os impactos na saúde pública e a alinhar a qualidade do ar com os valores de referência da OMS nos próximos anos.

Apesar das preocupações, o relatório também destaca que a maioria das estações de monitorização da poluição atmosférica na UE cumpre os limites estabelecidos para alguns dos poluentes mais nocivos. Dados recentes indicam que 99% das estações respeitam os padrões para partículas finas (PM2,5) e 98% para o dióxido de azoto (NO2), outro poluente significativo. O NO2, dependendo da sua concentração e do tempo de exposição, pode causar irritação nos olhos e na garganta, reduzir a capacidade respiratória e provocar problemas mais graves de saúde.

A poluição do ar continua a ser o maior risco ambiental para a saúde na Europa, contribuindo para doenças, diminuindo a qualidade de vida e resultando em mortes evitáveis. Este relatório da AEA é o primeiro de um conjunto de análises sobre a "Qualidade do ar na Europa 2025", que incluirá informações adicionais sobre as emissões de poluentes e os seus impactos na saúde humana, incluindo estimativas de mortes prematuras atribuídas à má qualidade do ar, que serão divulgadas ainda este ano.