Relatório da PSP revela preocupante saída de polícias em 2024

A PSP enfrenta uma significativa redução de efetivo, com 830 saídas e apenas 704 admissões no último ano.

há aproximadamente 12 horas
Relatório da PSP revela preocupante saída de polícias em 2024

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Resumo

Um relatório recente da Polícia de Segurança Pública (PSP) revela que cerca de um terço dos seus agentes tem entre 50 e 59 anos, com uma média de 20.687 polícias em serviço a 31 de dezembro de 2024. O documento, disponível na página da PSP, destaca que aproximadamente metade do efetivo tem mais de 40 anos e que, no último ano, 830 polícias abandonaram a força, enquanto apenas 704 novos agentes foram admitidos. A maioria das saídas ocorreu por motivos de aposentação, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade do efetivo a longo prazo. Além disso, o relatório indica que, em média, 18 polícias faltaram ao trabalho diariamente, com mais de metade das ausências devido a questões de saúde. Em termos disciplinares, foram decididos 1.162 processos, com 14 demissões e 22 suspensões. A situação levanta questões sobre a gestão de recursos humanos na PSP e a capacidade da instituição de manter um efetivo adequado para garantir a segurança pública em Portugal.

Um novo relatório da Polícia de Segurança Pública (PSP) revela uma preocupante tendência no efetivo da força policial em Portugal, com um número significativo de agentes a deixar a instituição. De acordo com o balanço social de 2024, a PSP contava, a 31 de dezembro do ano passado, com um total de 20.687 polícias, dos quais cerca de 85% eram agentes, 10% chefes e 4,18% oficiais. Este documento, disponível na página eletrónica da PSP, destaca que aproximadamente metade do efetivo ultrapassa os 40 anos de idade, e um terço encontra-se na faixa etária entre os 50 e 59 anos.

O relatório indica que, no último ano, 830 polícias abandonaram a força, enquanto apenas 704 novos agentes foram admitidos, sendo que 502 destes ingressaram através de novos recrutamentos. A maioria dos polícias que saíram da PSP em 2024 fez-o por motivos de aposentação, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade do efetivo a longo prazo.

Além das saídas, o documento também revela que, em média, 18 polícias faltaram ao trabalho diariamente, com mais de metade das ausências atribuídas a questões de saúde. Aproximadamente um quarto das faltas foi devido a acidentes de serviço ou doenças profissionais. Em termos de disciplina, a PSP reportou que 14 polícias foram demitidos, 22 suspensos, 99 multados e 19 receberam repreensões escritas. O relatório não especifica os motivos das sanções, mas menciona que foram decididos 1.162 processos disciplinares, dos quais 1.009 foram arquivados.

O balanço social também revela que, do ano de 2023 para 2024, transitaram 710 processos disciplinares, e durante o ano de 2024 foram instaurados 1.233 novos processos, com 1.162 já decididos, enquanto 707 foram transferidos para o ano seguinte. Esta situação levanta questões sobre a gestão de recursos humanos dentro da PSP e a capacidade da instituição de manter um efetivo adequado para garantir a segurança pública em Portugal.