Ministro das Comunicações do Brasil renuncia após indiciamento

José Juscelino Filho deixa cargo após ser indiciado por corrupção e desvio de recursos públicos.

há 1 dia
Ministro das Comunicações do Brasil renuncia após indiciamento

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Resumo

O ministro das Comunicações do Brasil, José Juscelino Filho, renunciou ao cargo após ser indiciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção e outros crimes relacionados ao desvio de recursos públicos durante seu mandato como deputado federal. Em uma carta aberta, Juscelino justificou sua saída como um gesto de respeito pelo governo e pelo povo brasileiro, afirmando que sua demissão visa proteger o projeto de país que ajudou a construir. Ele considera as acusações infundadas e confia nas instituições brasileiras, especialmente no Supremo Tribunal Federal (STF), para que a verdade prevaleça. A investigação envolve alegações de participação em uma organização criminosa, branqueamento de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação, com os crimes relacionados ao desvio de emendas públicas. A defesa do ministro reiterou sua inocência e afirmou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a denúncia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia declarado que o ministro seria afastado caso fosse indiciado pela PGR. Até o momento, o governo não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.

O ministro das Comunicações do Brasil, José Juscelino Filho, anunciou a sua renúncia ao cargo na terça-feira, após ser indiciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção e outros crimes relacionados com um alegado desvio de recursos públicos durante o seu mandato como deputado federal. A decisão foi comunicada através de uma carta aberta publicada pelo seu partido, o União Brasil, onde o ministro justificou a sua saída como "um gesto de respeito pelo governo e pelo povo brasileiro".

Na sua declaração, Juscelino Filho expressou que a sua demissão não se deve a uma falta de compromisso, mas sim à necessidade de proteger o projeto de país que ajudou a construir. "Saio por acreditar que, neste momento, o mais importante é proteger o projeto de país que ajudamos a construir e em que sigo acreditando", afirmou. O ministro também destacou que se dedicará à sua defesa, considerando as acusações como infundadas e manifestando confiança nas instituições brasileiras, especialmente no Supremo Tribunal Federal (STF), para que a verdade prevaleça.

A investigação que levou ao indiciamento do ministro envolve alegações de que ele participou de uma organização criminosa, branqueamento de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação. Os crimes estariam relacionados com o desvio de dinheiro de emendas, que são recursos públicos destinados a obras e projetos nas bases eleitorais dos deputados. Segundo a Polícia Federal, os fundos teriam sido enviados à cidade de Vitorino Freire, no Maranhão, e desviados através de empresas de fachada.

A defesa de Juscelino Filho afirmou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a denúncia do Ministério Público e reiterou a inocência do ministro. "Uma denúncia não implica em culpa, nem pode servir de instrumento para o MP pautar o país", diz o comunicado. A defesa também enfatizou que o caso não está relacionado com a atuação do ministro à frente do Ministério das Comunicações, que, segundo eles, tem sido pautada pela transparência e compromisso com o interesse público.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é do mesmo partido de Juscelino Filho, já havia declarado anteriormente que o ministro seria afastado do cargo caso fosse indiciado pela PGR. "Eu como já fui vítima de calúnia, já fui vítima de difamação, já tive proibido o direito de me defender, não tive direito a presunção de inocência", disse Lula, referindo-se à situação do ministro. Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre as acusações apresentadas pela PGR.