O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, apresentou hoje dados alarmantes sobre a imigração em Portugal, revelando que o número de imigrantes residentes no país quadruplicou desde 2017. Em conferência de imprensa, o governante responsabilizou o anterior Governo socialista pela política de "descontrolo" que permitiu esta explosão demográfica, que se estima que atinja cerca de 1,6 milhões de estrangeiros até ao final de 2024. Segundo Leitão Amaro, a percentagem de imigrantes na população portuguesa passou de 4% para 15% nos últimos sete anos, o que representa a maior alteração demográfica que o país já presenciou.
O ministro sublinhou que esta rápida mudança demográfica trouxe consigo desafios significativos, especialmente no que diz respeito à capacidade dos serviços públicos em lidar com o aumento da procura. "Foi uma irresponsabilidade que gerou uma grande desumanidade", afirmou, referindo-se à incapacidade do Estado em atender adequadamente as necessidades dos imigrantes. Leitão Amaro destacou que, apesar do aumento das receitas da Segurança Social, o impacto a longo prazo nas contas do país permanece incerto.
A diversidade cultural resultante deste aumento populacional é vista como um fator positivo, mas também como uma potencial fonte de intranquilidade nas comunidades. O ministro enfatizou a necessidade de uma abordagem equilibrada à imigração, afirmando que o atual governo se comprometeu a acabar com a imigração descontrolada, optando por uma "imigração regulada com humanismo". "Não seguimos os radicais com as portas escancaradas, nem os populistas que querem as portas fechadas", disse, destacando que a prioridade deve ser dada a quem chega com contrato de trabalho.
Na mesma ocasião, centenas de imigrantes, principalmente do subcontinente indiano, manifestaram-se em frente à sede da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), exigindo respostas para os seus pedidos pendentes. Leitão Amaro reconheceu que muitos imigrantes não foram bem tratados pelo Estado, devido à destruição do serviço de imigração pelo governo anterior, que deixou cerca de um milhão de pessoas à espera de resposta.
O ministro também abordou a questão da nacionalidade portuguesa, defendendo que o prazo atual de cinco anos para a sua atribuição deve ser reavaliado, uma vez que é inferior à média comunitária e atua como um fator de atração para imigrantes. Além disso, anunciou a intenção de criar centros para receber pedidos de asilo e de implementar um novo regime para o afastamento de imigrantes ilegais, antes das eleições antecipadas marcadas para 18 de maio.
Leitão Amaro concluiu que o governo está empenhado em encontrar soluções que atendam à capacidade de resposta do país e dos serviços públicos, reafirmando a importância de uma abordagem que respeite tanto a dignidade dos imigrantes quanto as necessidades da sociedade portuguesa.
Resumo
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, revelou que o número de imigrantes em Portugal quadruplicou desde 2017, prevendo-se que atinja 1,6 milhões até 2024. A percentagem de imigrantes na população passou de 4% para 15%, representando a maior alteração demográfica do país. Leitão Amaro criticou a política de imigração do anterior Governo socialista, que, segundo ele, gerou desafios significativos para os serviços públicos. Apesar do aumento das receitas da Segurança Social, o impacto a longo prazo nas contas do país é incerto. O ministro defendeu uma abordagem equilibrada à imigração, priorizando aqueles com contrato de trabalho e propondo uma imigração regulada. Durante a conferência, imigrantes manifestaram-se exigindo respostas para pedidos pendentes, e Leitão Amaro reconheceu a má gestão do serviço de imigração anterior. Ele também sugeriu a reavaliação do prazo de cinco anos para a atribuição da nacionalidade portuguesa e anunciou planos para centros de acolhimento de pedidos de asilo e um novo regime para imigrantes ilegais, antes das eleições de 18 de maio. O governo compromete-se a respeitar a dignidade dos imigrantes e a atender às necessidades da sociedade portuguesa.