As eleições legislativas de maio de 2024 prometem ser um marco significativo na política portuguesa, com os partidos a prepararem-se para uma intensa batalha eleitoral. O Chega, liderado por André Ventura, anunciou uma previsão de gastos de 1,6 milhões de euros para esta campanha, um valor que mais do que duplica os 700 mil euros orçamentados para as últimas eleições. Este aumento reflete a ambição do partido, que, após um crescimento notável nas últimas legislativas, é o único com representação parlamentar a prever um aumento nos seus gastos em comparação com as eleições antecipadas de 2024.
No total, os partidos estimam um investimento de 8,33 milhões de euros nesta campanha, um montante que, embora superior aos 7,98 milhões orçamentados para 2024, ainda assim fica aquém dos 10,42 milhões gastos na campanha anterior. A Aliança Democrática (AD), que passou da oposição para o governo, planeia gastar 2,55 milhões de euros, uma redução em relação aos 3,25 milhões gastos em 2024. Este valor inclui um reforço significativo na conceção da campanha e na comunicação, com a AD a prever investir um milhão de euros nesta área.
O Partido Socialista (PS), por sua vez, também se alinha na tendência de contenção de custos, prevendo um orçamento de 2,25 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 1,2 milhões em relação aos gastos da última campanha. O PS planeia cortar despesas em propaganda de rua, mas aumentará o investimento em publicidade digital e impressa, ajustando assim as suas expectativas para a nova campanha.
A Iniciativa Liberal (IL) estima gastar 575 mil euros, enquanto a CDU (PCP/PEV/ID) prevê um orçamento de 595 mil euros, com uma parte significativa proveniente de subvenções estatais. O Bloco de Esquerda (BE) também reduz o seu orçamento, prevendo gastar pouco mais de 460 mil euros, financiados em grande parte por subvenções estatais. O Livre e o PAN, por sua vez, mantêm orçamentos modestos, com o PAN a prever gastar 150 mil euros, totalmente cobertos por subvenções.
No distrito de Vila Real, onde as eleições se desenrolarão, a competição será acirrada entre 13 partidos, com destaque para a ministra da Saúde, Ana Paula Martins (PSD/CDS), o autarca Rui Santos (PS) e a deputada Manuela Tender (Chega). O círculo eleitoral de Vila Real, que elege cinco deputados, conta com 206.902 eleitores inscritos, uma ligeira diminuição em relação ao ano anterior.
As últimas eleições em 2024 foram vencidas pela AD, que elegeu dois deputados, seguindo-se o PS, também com dois, e o Chega, que fez história ao eleger um deputado pela primeira vez. A expectativa é que a dinâmica eleitoral se mantenha acesa, com cada partido a tentar maximizar a sua presença e influência no parlamento.
Com um cenário político em constante evolução e uma população que enfrenta desafios demográficos, as próximas legislativas prometem ser um teste crucial para a capacidade dos partidos de se adaptarem e responderem às necessidades dos eleitores.
Resumo
O partido Chega, liderado por André Ventura, prevê um aumento significativo no seu orçamento para as eleições legislativas de 2025, estimando gastos de 1,6 milhões de euros, mais do que o dobro dos 700 mil euros orçamentados para as eleições anteriores. Este aumento reflete a ambição do partido, que se destacou nas últimas legislativas. No total, os partidos planejam investir 8,33 milhões de euros nesta campanha, um valor superior aos 7,98 milhões de 2024, mas inferior aos 10,42 milhões da campanha anterior. A Aliança Democrática (AD) planeia gastar 2,55 milhões de euros, enquanto o Partido Socialista (PS) prevê um orçamento de 2,25 milhões, ambos com cortes em algumas áreas. Outros partidos, como a Iniciativa Liberal (IL) e a CDU, também ajustam os seus orçamentos, com a maioria a depender de subvenções estatais. A competição será intensa no distrito de Vila Real, onde 13 partidos concorrem, destacando-se figuras como a ministra da Saúde e autarcas locais. As eleições prometem ser um teste crucial para os partidos, num cenário político em constante evolução.