Trump e Netanyahu discutem novo cessar-fogo na Faixa de Gaza

Líderes dos EUA e Israel trabalham para libertar reféns do Hamas e consideram novo acordo de cessar-fogo.

há 2 dias
Trump e Netanyahu discutem novo cessar-fogo na Faixa de Gaza

© REUTERS/Kevin Mohatt

Resumo

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciaram esforços para um novo acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, visando a libertação de reféns detidos pelo Hamas. Durante uma reunião na Sala Oval, Netanyahu destacou a determinação de ambos os líderes em encontrar uma solução segura para a devolução dos reféns. Trump reiterou o compromisso dos EUA em garantir essa libertação, sugerindo a possibilidade de um novo cessar-fogo e controversas propostas, como a ideia de uma força de manutenção da paz dos EUA na região e a deslocação dos palestinianos para outros países, o que gerou críticas. A situação na Faixa de Gaza deteriorou-se após uma escalada de violência, com o exército israelita relançando sua ofensiva em março, resultando em um elevado número de mortos e a necessidade urgente de um cessar-fogo duradouro. A comunidade internacional observa com preocupação a crise humanitária que se agrava, com milhares de palestinianos mortos desde o início da ofensiva.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciaram hoje que estão a trabalhar em um novo acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, com o objetivo de facilitar a libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas. Durante uma reunião na Sala Oval, Netanyahu expressou a determinação de ambos os líderes em encontrar uma solução que permita a devolução segura de todos os reféns. “Estamos a trabalhar num novo acordo que esperamos que seja bem-sucedido e estamos determinados a libertar todos os reféns”, afirmou o primeiro-ministro israelita.

Trump reiterou o compromisso dos Estados Unidos em fazer tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a libertação dos reféns e mencionou que estão a considerar a possibilidade de um novo cessar-fogo. O Presidente norte-americano fez declarações controversas, sugerindo que “ninguém” deseja viver na Faixa de Gaza e que seria “uma coisa boa” se as forças dos EUA assumissem o controlo do enclave palestiniano. Ele descreveu a Faixa de Gaza como um “imóvel incrivelmente importante” e defendeu a ideia de uma força de manutenção da paz dos EUA a gerir a região.

Além disso, Trump propôs a “deslocação dos palestinianos para outros países” e a criação de uma “zona livre” onde a população não estivesse em risco, uma sugestão que gerou críticas e acusações de tentativa de limpeza étnica. No início de fevereiro, o Presidente já havia sugerido que os EUA deveriam assumir o controlo da Faixa de Gaza para a reconstruir e transformá-la na “Riviera do Médio Oriente”, uma ideia que foi prontamente rejeitada por Egito e Jordânia, países que se mostraram relutantes em aceitar tal proposta.

A situação na Faixa de Gaza deteriorou-se após dois meses de tréguas frágeis entre o Hamas e Israel, com o exército israelita relançando sua ofensiva militar em 18 de março. Esta escalada de violência segue-se a uma série de ataques sem precedentes lançados pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. A recente trégua permitiu a libertação de 33 reféns israelitas, embora oito deles tenham perdido a vida, em troca da libertação de cerca de 1800 palestinianos detidos em prisões israelitas.

O governo de Netanyahu defende que a intensificação da pressão militar é a única forma de forçar o Hamas a devolver os reféns, vivos ou mortos. Atualmente, dos 251 reféns capturados durante o ataque do Hamas, 58 continuam detidos, com 34 já confirmados como mortos, segundo informações do exército israelita. Após a sua chegada a Washington no domingo, Netanyahu reuniu-se com altos funcionários da administração Trump para discutir questões comerciais e a situação no Médio Oriente, antes de se encontrar com o Presidente.

Enquanto isso, a situação humanitária na Faixa de Gaza continua a agravar-se, com cerca de 1.500 palestinianos já mortos desde o início da ofensiva, conforme relatado por autoridades locais. A comunidade internacional observa com preocupação o desenrolar dos eventos, à medida que os esforços para um cessar-fogo duradouro se tornam cada vez mais urgentes.