As eleições legislativas em Portugal estão agendadas para o dia 18 de maio, e uma das principais mudanças em relação às eleições europeias é a obrigatoriedade de voto na zona de residência. Este detalhe é crucial para os eleitores que se encontram em mobilidade, pois devem estar cientes das novas regras que regem o processo eleitoral.
No Palácio de Justiça, em Lisboa, partidos como a Iniciativa Liberal, o Bloco de Esquerda, o Livre e o PAN já apresentaram as suas listas de candidatos, todos com o objetivo comum de aumentar a sua representação parlamentar. O Chega, por sua vez, entregou as suas listas na tarde desta segunda-feira, também com a ambição de expandir o número de deputados.
Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, fez um apelo aos cidadãos para que votem no partido, destacando a importância de "resgatar o grupo parlamentar" que o PAN já teve. Em declarações à imprensa, Sousa Real enfatizou que o partido tem sido uma "força dialogante" e "responsável", capaz de abordar questões cruciais como a violência doméstica, a corrupção e a crise climática. "Queremos que os portugueses nos deem a força de um grupo parlamentar para podermos representar e levar mais longe as bandeiras e as causas em que se reveem", afirmou, confiante de que o "efeito PAN" se traduzirá em sucesso nas urnas.
A entrega das listas coincide com o início dos debates televisivos, onde os líderes dos partidos terão a oportunidade de expor as suas propostas. Inês de Sousa Real criticou a decisão da coligação PSD/CDS-PP de não se fazer representar pelo seu líder, Luís Montenegro, afirmando que isso demonstra uma falta de compromisso com os problemas reais dos cidadãos.
Luís Montenegro, por sua vez, ao submeter a lista da AD - Coligação PSD/CDS, reafirmou a sua posição de não considerar um acordo pós-eleitoral com o Chega, assim como qualquer ideia de um "bloco central" com o PS. O líder social-democrata sublinhou que a sua candidatura visa obter a legitimação do voto popular para governar sem alianças que não sejam do conhecimento dos eleitores. "Queremos governar tendo mais votos que os outros", declarou, enquanto defendia a redução do IRC como uma forma de aumentar a competitividade empresarial em Portugal.
Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, também se manifestou sobre a situação atual do país, lamentando que Portugal tenha cada vez mais milionários e mais pobres. Ela apresentou as listas do BE como um reflexo das lutas sociais, destacando a diversidade de ativistas que representam causas como o clima e a justiça social. Mortágua expressou a intenção do partido de aumentar a sua representação no parlamento, apresentando propostas concretas para resolver a crise da habitação e as desigualdades sociais.
Rui Tavares, porta-voz do Livre, assegurou que o partido está preparado para um aumento da representação parlamentar, destacando a diversidade e a competência dos seus candidatos. Tavares enfatizou que o Livre está apto a assumir responsabilidades executivas, caso os eleitores assim o decidam.
Com o prazo para a entrega das candidaturas a encerrar, os partidos estão a preparar-se para uma campanha intensa, onde as promessas e propostas serão cruciais para conquistar a confiança dos eleitores. A expectativa é alta, e a mobilização dos cidadãos será determinante para o futuro político do país.
Resumo
As eleições legislativas em Portugal estão marcadas para 18 de maio, com uma nova regra que obriga os eleitores a votarem na sua zona de residência, o que é especialmente relevante para aqueles em mobilidade. Vários partidos, incluindo a Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, Livre e PAN, já apresentaram as suas listas de candidatos, todos com o objetivo de aumentar a representação parlamentar. Inês de Sousa Real, do PAN, apelou ao voto no partido, destacando a sua capacidade de abordar questões como a violência doméstica e a crise climática. Luís Montenegro, líder do PSD, reafirmou a sua posição de não formar alianças pós-eleitorais com o Chega ou o PS, enquanto Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, criticou o aumento das desigualdades sociais. Rui Tavares, do Livre, expressou a prontidão do partido para assumir responsabilidades executivas. Com o prazo de entrega das candidaturas a encerrar, os partidos preparam-se para uma campanha intensa, onde as propostas serão cruciais para conquistar a confiança dos eleitores.