Francisco J. Marques critica direção do FC Porto após derrota

Marques e FC Porto condenam atuação policial após clássico violento.

há 2 dias
Francisco J. Marques critica direção do FC Porto após derrota

© Miguel Pereira

Resumo

Após a derrota do FC Porto para o Benfica por 1-4, Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do Porto, criticou a atual direção do clube, liderada por André Villas-Boas, lembrando que o antigo presidente Pinto da Costa nunca sofreu uma goleada em 132 confrontos. Marques destacou que Villas-Boas enfrentou o Benfica duas vezes, resultando em duas derrotas contundentes. Além das críticas, o FC Porto emitiu um comunicado condenando a atuação da Polícia de Segurança Pública (PSP) durante o clássico, que foi marcado por incidentes violentos nas bancadas. O clube considerou a intervenção policial inadequada, resultando em ferimentos a adeptos devido ao uso de balas de borracha. A situação foi exacerbada por confrontos entre adeptos e a polícia, que responderam a ataques com disparos. A Associação Portuguesa de Defesa do Adepto também criticou a ação policial, pedindo uma investigação. O FC Porto aguarda os resultados da investigação da PSP, buscando garantir a segurança dos adeptos em futuros eventos desportivos.

Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do FC Porto, voltou a criticar a atual direção do clube, liderada por André Villas-Boas, após a derrota contundente do Porto frente ao Benfica, que terminou com um resultado de 1-4. Em uma publicação nas redes sociais, Marques recordou a longa presidência de Pinto da Costa, que, segundo ele, nunca sofreu uma goleada contra o rival em 132 confrontos. "André Villas-Boas defrontou o Benfica duas vezes e sofreu duas goleadas... Quem sabe, sabe, ou como agora é moda, 'masterclass'", escreveu Marques, relembrando a figura do ex-presidente que faleceu em fevereiro deste ano.

A crítica de Marques não foi a única repercussão da partida. O FC Porto emitiu um comunicado oficial condenando a atuação da Polícia de Segurança Pública (PSP) durante o clássico, que ficou marcado por incidentes violentos nas bancadas do Estádio do Dragão. O clube lamentou que a intervenção policial tenha sido "inadequada e desproporcionada", resultando no uso de balas de borracha que feriram dois adeptos portistas. O comunicado detalhou que os confrontos começaram quando adeptos do Benfica lançaram artefactos pirotécnicos na direção dos portistas, provocando pânico entre os presentes, incluindo crianças.

O FC Porto reuniu-se com o Comando Metropolitano da PSP para investigar as causas dos incidentes e a resposta policial. O clube expressou preocupação com a segurança dos seus adeptos e lembrou que comportamentos semelhantes por parte dos adeptos do Benfica têm sido recorrentes, não apenas no Dragão, mas em outros locais. A situação foi ainda mais complicada pela presença de uma tocha que atingiu a bancada dos portistas, levando a confrontos entre a claque Coletivo 95 e a polícia, que respondeu com disparos.

A Associação Portuguesa de Defesa do Adepto também criticou a ação policial, considerando-a desproporcional e perigosa, e pediu a intervenção da Inspeção-Geral da Administração Interna. A violência nas bancadas ofuscou o que deveria ser um espetáculo desportivo, com imagens de confrontos e tumultos a circularem nas redes sociais, enquanto no relvado se desenrolava um dos clássicos mais esperados do futebol português. O FC Porto aguarda agora os resultados da investigação da PSP, na esperança de que as responsabilidades sejam atribuídas e que medidas sejam tomadas para garantir a segurança dos adeptos em futuros eventos desportivos.