O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou no domingo a sua indignação face aos recentes "ataques mortais" perpetrados pela Rússia na Ucrânia, instando a comunidade internacional a tomar "ações firmes" caso Moscovo continue a rejeitar a paz. Em uma declaração na rede social X, Macron enfatizou a urgência de um cessar-fogo imediato, afirmando que "estes ataques da Rússia devem terminar". O líder francês sugeriu que a Europa poderia considerar a imposição de novas sanções severas para aumentar a pressão sobre o Kremlin e forçá-lo a iniciar negociações de paz.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também se manifestou sobre a escalada da violência, alertando que o número de ataques aéreos russos está a aumentar e que a pressão sobre a Rússia permanece insuficiente. Zelensky lamentou a "falta de reação" da administração norte-americana em resposta à recusa do Kremlin em aceitar um cessar-fogo. A Ucrânia, segundo o presidente, continua a exigir sanções económicas mais rigorosas, que a Rússia procura evitar.
No último fim de semana, uma nova onda de ataques russos resultou na morte de duas pessoas em Kiev, além de feridos, após um ataque devastador em Kryvyï Rih, a cidade natal de Zelensky. Este ataque, que ocorreu na sexta-feira, vitimou 19 pessoas, incluindo nove crianças, e deixou 75 feridos, a maioria deles em um parque infantil próximo ao local do impacto. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal condenou o ataque, expressando solidariedade às famílias das vítimas e apelando ao governo russo para que cesse os ataques a alvos civis e aceite o cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos.
A ONU também se pronunciou sobre o ataque, com o alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, a classificar a ação como um potencial crime de guerra, dado que os ataques indiscriminados são proibidos pelo direito internacional. Türk destacou que este foi um dos piores ataques contra crianças desde o início da invasão russa em 2022, sublinhando o desrespeito da Rússia pela vida civil.
Zelensky, em uma mensagem de vídeo, acusou a Rússia de não estar interessada em uma trégua, criticando a administração dos Estados Unidos por não responder adequadamente à recusa do Kremlin em respeitar o cessar-fogo acordado. O presidente ucraniano afirmou que a Rússia está a "distorcer a diplomacia" ao afirmar aceitar uma trégua no Mar Negro enquanto continua a bombardear a Ucrânia a partir de navios posicionados na região.
A situação permanece crítica, com a Ucrânia a enfrentar uma escalada de ataques que causaram mortes e destruição em várias regiões. Zelensky pediu uma intensificação da pressão internacional sobre a Rússia, incluindo sanções e uma diplomacia que impeça a continuação da violência. Desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, a Rússia tem mantido uma postura agressiva, tendo anexado várias regiões ucranianas, uma ação não reconhecida pela Ucrânia e pela comunidade internacional.
Resumo
O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou indignação face aos recentes ataques russos na Ucrânia, pedindo à comunidade internacional ações firmes e um cessar-fogo imediato. Macron sugeriu a possibilidade de novas sanções severas contra a Rússia para pressionar o Kremlin a iniciar negociações de paz. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também condenou a escalada da violência, lamentando a insuficiência da pressão sobre a Rússia e a falta de resposta da administração norte-americana. Recentes ataques resultaram em mortes e feridos, incluindo um ataque devastador em Kryvyï Rih, que vitimou 19 pessoas, incluindo crianças. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e a ONU condenaram os ataques, com a ONU classificando-os como potenciais crimes de guerra. Zelensky acusou a Rússia de distorcer a diplomacia e pediu uma intensificação da pressão internacional, incluindo sanções, para acabar com a violência. A situação na Ucrânia continua crítica, com a Rússia mantendo uma postura agressiva desde a invasão em 2022.