Milhares de manifestantes tomaram as ruas das principais cidades dos Estados Unidos no último sábado, em um dos maiores protestos contra o presidente Donald Trump desde o início do seu segundo mandato. O movimento, intitulado "Hands Off", mobilizou cidadãos de diversas origens e idades, que expressaram sua indignação em relação às políticas da administração atual, especialmente em Los Angeles, onde a manifestação ganhou destaque.
Os protestos, que ocorreram em mais de 1.400 locais em todo o país, foram organizados por mais de 150 grupos, incluindo organizações de direitos civis, sindicatos e defensores da comunidade LGBTQ+. Em Los Angeles, os manifestantes se espalharam por áreas como a baixa da cidade, Glendale e Pasadena, empunhando cartazes com mensagens contundentes contra Trump e figuras como Elon Musk, que atualmente lidera o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental. "Isto não é um teste. Isto é real. Isto é um golpe", gritava Silvia Anita, uma das participantes, enquanto segurava um cartaz que refletia a preocupação de muitos sobre a erosão da democracia.
Anita, cuja família tem um histórico militar, expressou sua frustração com o tratamento de imigrantes e a diminuição do acesso à educação e à imprensa. "Não podemos deixar que a democracia nos seja roubada debaixo do próprio nariz", afirmou, ressaltando a importância de proteger os valores democráticos. A congressista democrata Judy Chu também se juntou ao protesto, alertando sobre os riscos que a agenda republicana representa para milhões de americanos, especialmente no que diz respeito ao acesso à saúde.
Os manifestantes criticaram abertamente a administração Trump, acusando-a de tentar desmantelar instituições essenciais e de promover cortes em programas sociais. Um dos cartazes mais impactantes dizia: "As únicas minorias perigosas neste país são os bilionários", refletindo a crescente insatisfação com a concentração de poder e riqueza nas mãos de poucos.
Em Boston, a presidente da Câmara, Michelle Wu, denunciou as táticas de intimidação do governo e a retórica anti-imigrante, enquanto em Washington, o congressista Jamie Raskin fez um apelo à justiça, afirmando que "a justiça não está à venda". As manifestações não se limitaram aos Estados Unidos; em várias cidades europeias, como Lisboa e Londres, cidadãos americanos e locais também se uniram para protestar contra as políticas de Trump, clamando pelo "fim do caos" e criticando a abordagem agressiva do presidente em relação ao comércio e à política externa.
Embora as autoridades tenham relatado que os protestos foram em grande parte pacíficos, a intensidade das emoções e a diversidade de vozes presentes nas ruas demonstraram um descontentamento profundo com a direção que o país está tomando sob a liderança de Trump e Musk. Os manifestantes deixaram claro que continuarão a lutar por uma democracia que consideram ameaçada, prometendo manter a pressão sobre a administração para que ouça as preocupações da população.
Resumo
Milhares de manifestantes saíram às ruas em várias cidades dos Estados Unidos no último sábado, em protestos contra as políticas do presidente Donald Trump e de Elon Musk, que lidera o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental. O movimento "Hands Off" mobilizou cidadãos de diversas origens, destacando-se em Los Angeles, onde os participantes expressaram sua indignação sobre a erosão da democracia e o tratamento de imigrantes. Organizados por mais de 150 grupos, incluindo organizações de direitos civis e sindicatos, os protestos ocorreram em mais de 1.400 locais. A congressista Judy Chu e outros líderes políticos também se juntaram aos manifestantes, que criticaram a administração Trump por desmantelar instituições essenciais e promover cortes em programas sociais. Além disso, manifestações semelhantes ocorreram em cidades europeias, como Lisboa e Londres, onde cidadãos se uniram para clamar pelo "fim do caos". Apesar de a maioria dos protestos ter sido pacífica, a intensidade das emoções refletiu um descontentamento profundo com a direção política do país.