Milhares protestam nos EUA contra políticas de Trump

Protestos em mais de 1.400 locais expressam descontentamento com a administração Trump.

há 4 dias
Milhares protestam nos EUA contra políticas de Trump

© Stephen Lam/ 2025 Stephen Lam / S.F. Chronicle

Resumo

Milhares de manifestantes saíram às ruas em várias cidades dos Estados Unidos no último sábado, em protestos contra as políticas do presidente Donald Trump e de Elon Musk, que lidera o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental. O movimento "Hands Off" mobilizou cidadãos de diversas origens, destacando-se em Los Angeles, onde os participantes expressaram sua indignação sobre a erosão da democracia e o tratamento de imigrantes. Organizados por mais de 150 grupos, incluindo organizações de direitos civis e sindicatos, os protestos ocorreram em mais de 1.400 locais. A congressista Judy Chu e outros líderes políticos também se juntaram aos manifestantes, que criticaram a administração Trump por desmantelar instituições essenciais e promover cortes em programas sociais. Além disso, manifestações semelhantes ocorreram em cidades europeias, como Lisboa e Londres, onde cidadãos se uniram para clamar pelo "fim do caos". Apesar de a maioria dos protestos ter sido pacífica, a intensidade das emoções refletiu um descontentamento profundo com a direção política do país.

Milhares de manifestantes tomaram as ruas das principais cidades dos Estados Unidos no último sábado, em um dos maiores protestos contra o presidente Donald Trump desde o início do seu segundo mandato. O movimento, intitulado "Hands Off", mobilizou cidadãos de diversas origens e idades, que expressaram sua indignação em relação às políticas da administração atual, especialmente em Los Angeles, onde a manifestação ganhou destaque.

Os protestos, que ocorreram em mais de 1.400 locais em todo o país, foram organizados por mais de 150 grupos, incluindo organizações de direitos civis, sindicatos e defensores da comunidade LGBTQ+. Em Los Angeles, os manifestantes se espalharam por áreas como a baixa da cidade, Glendale e Pasadena, empunhando cartazes com mensagens contundentes contra Trump e figuras como Elon Musk, que atualmente lidera o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental. "Isto não é um teste. Isto é real. Isto é um golpe", gritava Silvia Anita, uma das participantes, enquanto segurava um cartaz que refletia a preocupação de muitos sobre a erosão da democracia.

Anita, cuja família tem um histórico militar, expressou sua frustração com o tratamento de imigrantes e a diminuição do acesso à educação e à imprensa. "Não podemos deixar que a democracia nos seja roubada debaixo do próprio nariz", afirmou, ressaltando a importância de proteger os valores democráticos. A congressista democrata Judy Chu também se juntou ao protesto, alertando sobre os riscos que a agenda republicana representa para milhões de americanos, especialmente no que diz respeito ao acesso à saúde.

Os manifestantes criticaram abertamente a administração Trump, acusando-a de tentar desmantelar instituições essenciais e de promover cortes em programas sociais. Um dos cartazes mais impactantes dizia: "As únicas minorias perigosas neste país são os bilionários", refletindo a crescente insatisfação com a concentração de poder e riqueza nas mãos de poucos.

Em Boston, a presidente da Câmara, Michelle Wu, denunciou as táticas de intimidação do governo e a retórica anti-imigrante, enquanto em Washington, o congressista Jamie Raskin fez um apelo à justiça, afirmando que "a justiça não está à venda". As manifestações não se limitaram aos Estados Unidos; em várias cidades europeias, como Lisboa e Londres, cidadãos americanos e locais também se uniram para protestar contra as políticas de Trump, clamando pelo "fim do caos" e criticando a abordagem agressiva do presidente em relação ao comércio e à política externa.

Embora as autoridades tenham relatado que os protestos foram em grande parte pacíficos, a intensidade das emoções e a diversidade de vozes presentes nas ruas demonstraram um descontentamento profundo com a direção que o país está tomando sob a liderança de Trump e Musk. Os manifestantes deixaram claro que continuarão a lutar por uma democracia que consideram ameaçada, prometendo manter a pressão sobre a administração para que ouça as preocupações da população.