Hoje, a Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental enfrentam um cenário de paralisia, com a maioria das lojas, escolas e serviços públicos encerrados em resposta a uma greve geral convocada pelos palestinianos. Esta ação, que visa exigir o fim da guerra de 18 meses de Israel em Gaza, foi organizada por uma coligação de movimentos políticos palestinianos, incluindo os rivais Fatah e Hamas. O lojista Fadi Saadi, de Belém, expressou a sua frustração à agência de notícias AFP, afirmando: "Andei hoje pela cidade e não encontrei um único lugar aberto". As ruas estão desertas, refletindo o impacto da greve, que se estende a todos os territórios palestinianos ocupados, campos de refugiados e àqueles que apoiam a causa.
Em Ramallah, onde se localiza a Autoridade Palestiniana, os edifícios públicos permanecem fechados, e está prevista uma concentração no centro da cidade, onde se encontram a maioria dos ministérios da Autoridade. O coordenador dos movimentos em Ramallah, Issam Baker, destacou a gravidade da situação, afirmando que a agressão israelita afeta todos os lares palestinianos, tanto na Cisjordânia quanto em Gaza. Ele também mencionou que o apoio à greve é significativo, algo que não se via desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023.
A situação em Gaza continua a deteriorar-se, com a guerra, que começou com um ataque do Hamas a Israel, resultando na morte de pelo menos 918 palestinianos, incluindo civis e combatentes, conforme dados da Autoridade Palestiniana. A violência tem aumentado, com bombardeamentos diários e novas ordens de evacuação para a população de Gaza, que enfrenta uma grave crise humanitária, sem acesso a ajuda há mais de um mês. Nas últimas 24 horas, os ataques israelitas resultaram na morte de 46 palestinianos, elevando o total de mortos desde o início da ofensiva para mais de 50.600, a maioria crianças e mulheres.
Abdel Rahman Shahid, um dos líderes do Hamas, fez um apelo à participação na greve, enfatizando a necessidade de resistência contra a ocupação e a agressão em Gaza. Ele denunciou os "crimes, genocídio e limpeza étnica" que o povo palestiniano enfrenta, instando todos a se unirem contra a ocupação. A violência na Cisjordânia também tem aumentado, com ataques de colonos a aldeias palestinianas, enquanto o exército israelita continua a cercar campos de refugiados, forçando a deslocação de quase 40 mil palestinianos.
A situação crítica em Gaza e a crescente tensão na Cisjordânia revelam um momento decisivo na luta palestiniana, com a comunidade internacional a observar atentamente os desdobramentos deste conflito prolongado.
Resumo
Hoje, a Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental estão paralisadas devido a uma greve geral convocada por uma coligação de movimentos políticos palestinianos, incluindo Fatah e Hamas, em protesto contra a guerra de 18 meses de Israel em Gaza. A greve, que afeta lojas, escolas e serviços públicos, reflete a frustração da população palestiniana, como expressado pelo lojista Fadi Saadi em Belém. Em Ramallah, a Autoridade Palestiniana também está encerrada, com uma concentração prevista no centro da cidade. A situação em Gaza continua a agravar-se, com a guerra resultando na morte de pelo menos 918 palestinianos, e a violência tem aumentado, incluindo ataques de colonos a aldeias palestinianas. Abdel Rahman Shahid, líder do Hamas, apelou à resistência e à união contra a ocupação, denunciando os crimes enfrentados pelo povo palestiniano. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos deste conflito prolongado.