Marco Rubio defende autodeterminação da Gronelândia

O secretário de Estado dos EUA enfatiza a importância da escolha da Gronelândia sobre a independência da Dinamarca.

há 6 dias
Marco Rubio defende autodeterminação da Gronelândia

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Resumo

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, defendeu a autodeterminação da Gronelândia durante uma reunião em Bruxelas, afirmando que a decisão sobre a independência da Dinamarca deve ser tomada pela população local. Rubio destacou que os Estados Unidos estão dispostos a estabelecer uma parceria com a Gronelândia, caso esta escolha seja feita, e enfatizou que a Dinamarca deve entender as razões por trás do desejo de independência dos gronelandeses. O secretário expressou preocupação com a possibilidade de influência chinesa na região, sugerindo que Pequim poderia oferecer grandes quantias de dinheiro, tornando a Gronelândia dependente da China. A questão da independência da Gronelândia tem sido controversa, especialmente após o interesse do ex-presidente Donald Trump em anexar a ilha. A presença do vice-presidente JD Vance na Gronelândia gerou protestos, e a ideia de Trump foi criticada por líderes europeus, lembrando que a Gronelândia é parte do território dinamarquês. Os EUA mantêm uma base militar na Gronelândia desde um acordo de defesa de 1951.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, fez declarações significativas sobre a situação da Gronelândia, enfatizando que a população local deve decidir se deseja a independência da Dinamarca. Durante uma breve conversa com jornalistas após uma reunião ministerial da NATO em Bruxelas, Rubio afirmou que os Estados Unidos estão prontos para estabelecer uma parceria com a Gronelândia, caso esta escolha seja feita. "Neste momento, os gronelandeses têm de clarificar que querem ser independentes da Dinamarca. A Dinamarca devia preocupar-se em compreender porque é que eles querem deixar a Dinamarca", disse Rubio.

O secretário de Estado sublinhou que a autodeterminação dos gronelandeses deve ser respeitada, referindo que o vice-presidente dos EUA, JD Vance, já havia deixado claro que a decisão sobre a independência cabe exclusivamente à Gronelândia. Rubio também destacou que "não foram os EUA" que introduziram a ideia da independência, afirmando que o debate sobre este assunto já ocorre há bastante tempo na região.

Além disso, Rubio expressou preocupação com a possibilidade de a China se envolver na Gronelândia, sugerindo que Pequim poderia oferecer grandes quantias de dinheiro, o que deixaria a região autónoma dinamarquesa "dependente da China". "São eles que querem afastar-se da Dinamarca, são eles que querem tornar-se independentes, não somos nós. Dissemos que, se tomarem essa decisão, os EUA estariam prontos, potencialmente, para chegar-se à frente e dizer-lhes: podemos criar uma parceria", indicou.

A questão da Gronelândia tem sido um tema controverso, especialmente desde que o ex-presidente Donald Trump expressou interesse em anexar ou "comprar" a ilha, citando razões "defensivas e ofensivas". Recentemente, JD Vance visitou as instalações militares norte-americanas na Gronelândia, mas sua presença gerou protestos e foi contestada tanto por autoridades locais quanto dinamarquesas. A ideia de Trump foi criticada por líderes de vários países europeus, que lembraram que a Gronelândia é parte do território dinamarquês. Os Estados Unidos mantêm uma base militar no norte da Gronelândia, em virtude de um acordo de defesa assinado em 1951 entre Copenhaga e Washington.