Almirante Gouveia e Melo revela decisão sobre candidatura presidencial

Gouveia e Melo discute candidatura à presidência e situação das Forças Armadas em entrevista ao Diário de Notícias.

há 6 dias
Almirante Gouveia e Melo revela decisão sobre candidatura presidencial

© CNN Portugal, AM

Resumo

O almirante Henrique Gouveia e Melo, ex-chefe do Estado-Maior da Armada, anunciou que já decidiu sobre uma possível candidatura à Presidência da República, mas optou por não divulgar a sua decisão antes das eleições legislativas antecipadas marcadas para 18 de maio. Em entrevista ao Diário de Notícias, Gouveia e Melo enfatizou a importância de informar os cidadãos sobre as propostas de governação, evitando interferências no processo eleitoral. Ele também respondeu a críticas de Luís Marques Mendes, defendendo o seu direito de expressar opiniões políticas. O almirante criticou os cortes orçamentais nas Forças Armadas e alertou para a fragilidade da defesa nacional, considerando que a Europa tem sido "preguiçosa" ao depender dos Estados Unidos. Gouveia e Melo destacou a necessidade de um Presidente que mantenha uma visão estratégica a longo prazo, sem se imiscuir em disputas político-partidárias. Com as eleições presidenciais de 2026 a aproximarem-se, ele é visto como um forte candidato, com uma sondagem recente a indicar que 25% dos eleitores o apoiariam, enquanto André Ventura surge como um potencial candidato à segunda volta.

O almirante Henrique Gouveia e Melo, ex-chefe do Estado-Maior da Armada, revelou que já tomou uma decisão sobre uma possível candidatura à Presidência da República, mas optou por não a divulgar antes das eleições legislativas antecipadas, agendadas para 18 de maio. Em entrevista ao Diário de Notícias, Gouveia e Melo enfatizou que o foco atual deve ser a informação dos cidadãos sobre as diversas propostas para a governação do país, evitando assim qualquer interferência no processo eleitoral que se aproxima.

O almirante, que passou à reserva em dezembro, respondeu também a críticas de Luís Marques Mendes, que o acusou de "fingir" não ser candidato. Gouveia e Melo defendeu que a sua decisão de não anunciar oficialmente a candidatura não o impede de expressar opiniões sobre questões políticas. "Não me sinto obrigado a ficar calado", afirmou, sublinhando a importância de manter o debate público sobre temas relevantes para o futuro do país.

Durante a conversa, Gouveia e Melo abordou a situação das Forças Armadas, criticando os cortes orçamentais de três mil milhões de euros nos últimos dez anos e alertando para a fragilidade da capacidade de defesa nacional. O almirante considerou que a Europa tem sido "preguiçosa" ao depender excessivamente dos Estados Unidos, uma situação que, segundo ele, foi alertada há mais de um ano, mas que não foi devidamente considerada pelo sistema político.

Além disso, Gouveia e Melo destacou a necessidade de um Presidente da República que exerça uma visão estratégica de longo prazo, evitando a imersão em disputas político-partidárias. "Quando o Presidente da República se imiscui nos assuntos políticos partidários da pequena aldeia, está a perder a visão de longo prazo", afirmou, defendendo que o foco deve ser a discussão de questões que afetam a cidade e o mundo.

Com as eleições presidenciais de 2026 a aproximarem-se, Gouveia e Melo é visto como um forte candidato, com uma sondagem recente do Instituto de Ciências Sociais (ICS) e ISCTE a indicar que 25% dos eleitores o apoiariam, independentemente dos outros candidatos. A sondagem também sugere que André Ventura é o candidato com melhores hipóteses de avançar para a segunda volta.

A posição do almirante no debate público e a sua crítica à situação das Forças Armadas refletem uma preocupação crescente com a segurança nacional e a necessidade de um diálogo sério sobre o futuro do país, à medida que os portugueses se preparam para as eleições que se avizinham.