NATO reafirma compromisso com defesa em reunião em Bruxelas

Secretário-geral da NATO destaca apoio dos EUA e aumento de investimento em defesa.

há 8 dias
NATO reafirma compromisso com defesa em reunião em Bruxelas

© Noemi Bruzak - EPA

Resumo

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou que a Aliança Atlântica se manterá forte, especialmente com o apoio contínuo dos Estados Unidos, durante uma conferência em Bruxelas. A reunião ministerial, que contará com a presença do novo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, abordará preocupações sobre o investimento em defesa dos países membros. Rutte destacou que, nos primeiros três meses de 2025, os países da NATO comprometeram mais de 20.000 milhões de euros em apoio militar à Ucrânia. Além disso, espera-se que na cimeira de Haia, em junho, os membros se comprometam a aumentar o investimento em defesa para 3,5% do PIB. Portugal, que se comprometeu a atingir 2% até 2029, atualmente investe apenas 1,55%. A Alemanha anunciou o destacamento de uma brigada de 5.000 homens na Lituânia, marcando um marco histórico. A pressão para aumentar os gastos em defesa reflete as tensões geopolíticas, especialmente com a Rússia. Durante a audiência de confirmação de Matt Whitaker como embaixador dos EUA na NATO, ele reafirmou o compromisso da administração norte-americana com a aliança e a necessidade de cumprimento das exigências de investimento em defesa. A reunião em Bruxelas é vista como um passo crucial para fortalecer a Aliança em tempos de desafios globais.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, expressou hoje a sua convicção de que a Aliança Atlântica permanecerá forte e unida, especialmente com a contínua presença dos Estados Unidos. As declarações foram feitas em uma conferência de imprensa realizada no quartel-general da organização em Bruxelas, na Bélgica, à véspera de uma importante reunião ministerial que contará com a presença do novo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Rutte sublinhou que o compromisso dos EUA com a NATO é "absolutamente claro", mesmo diante de desafios como a crescente tensão nas relações entre Washington e a União Europeia e as críticas do ex-presidente Donald Trump à aliança.

A reunião, que ocorrerá na quinta e sexta-feira, será a primeira desde que Rubio assumiu o cargo e ocorre em um contexto de crescente preocupação sobre o investimento em defesa por parte dos países membros. Rutte anunciou que, nos primeiros três meses deste ano, os países da NATO comprometeram-se com mais de 20.000 milhões de euros em apoio militar à Ucrânia, refletindo a urgência da situação na região.

Além disso, fontes da NATO indicaram que, durante a cimeira de Haia, prevista para junho, os países deverão comprometer-se a aumentar o investimento em defesa para 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Este aumento, embora ainda abaixo dos 5% exigidos pelos EUA, representa um passo significativo em direção a um maior compromisso coletivo. Atualmente, Portugal, que se comprometeu a atingir 2% do PIB em defesa até 2029, ainda apresenta um investimento de apenas 1,55%, o que levanta preocupações sobre a sua capacidade de cumprir as metas acordadas.

A Alemanha, por sua vez, anunciou o destacamento de uma brigada de 5.000 homens na Lituânia, marcando a primeira vez desde a II Guerra Mundial que tropas alemãs são enviadas permanentemente para o exterior. O brigadeiro-general Christoph Huber, que liderará a nova brigada, enfatizou a missão de proteger os aliados lituanos e, por extensão, o território da NATO.

A crescente pressão sobre os Estados membros para que aumentem os seus gastos em defesa é um reflexo das tensões geopolíticas atuais, especialmente com a Rússia, que continua a ser vista como uma ameaça significativa. Durante a audiência de confirmação de Matt Whitaker como embaixador dos EUA na NATO, ele reafirmou o compromisso inquebrável da administração norte-americana com a aliança, destacando a necessidade de que todos os aliados cumpram as exigências de investimento em defesa.

À medida que a NATO se prepara para discutir novos compromissos e estratégias, a expectativa é que a reunião em Bruxelas sirva como um ponto de partida para a definição de um futuro mais robusto e coeso para a Aliança, em um momento em que a segurança global enfrenta desafios sem precedentes.