PS critica Governo por alegada instrumentalização do Estado

Partido Socialista denuncia promiscuidade entre interesses públicos e partidários, levantando questões éticas.

há 7 dias
PS critica Governo por alegada instrumentalização do Estado

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Resumo

O Partido Socialista (PS) criticou severamente o Governo, acusando-o de "instrumentalizar o Estado" em prol do Partido Social Democrata (PSD). Durante uma conferência de imprensa, o porta-voz do PS, Marcos Perestrello, expressou indignação face à promiscuidade entre interesses públicos e partidários, citando a reunião do Conselho de Ministros no Mercado do Bolhão e um comunicado do primeiro-ministro Luís Montenegro sobre a Câmara de Espinho. O PS formalizou uma queixa na Comissão Nacional de Eleições, considerando a situação inaceitável. Em resposta, Montenegro negou as acusações, afirmando que não violou deveres de neutralidade e que a reunião foi comunicada a todos os grupos parlamentares. As tensões entre os partidos aumentam, levantando questões sobre ética política e a separação entre o Estado e interesses partidários, um tema que será central nas discussões políticas à medida que se aproximam as eleições.

O Partido Socialista (PS) lançou duras críticas ao Governo, acusando-o de estar a "instrumentalizar o Estado" em benefício do Partido Social Democrata (PSD). Esta declaração foi feita durante uma conferência de imprensa na sede do PS, onde o porta-voz da candidatura socialista às eleições legislativas de 18 de maio, Marcos Perestrello, expressou a sua indignação face à promiscuidade entre os interesses públicos e partidários. O PS já formalizou uma queixa na Comissão Nacional de Eleições, considerando a situação inaceitável.

Perestrello exemplificou a alegada instrumentalização do Estado com a reunião do Conselho de Ministros realizada no Mercado do Bolhão, no Porto, e um comunicado emitido pelo Gabinete do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que abordava questões relacionadas com a Câmara de Espinho e a sociedade de advogados a que Montenegro pertenceu. O porta-voz socialista sublinhou que a situação é "eticamente inaceitável, politicamente inadmissível e democraticamente intolerável", afirmando que o Governo está a fazer campanha para o PSD.

Em resposta, o primeiro-ministro Luís Montenegro rejeitou as acusações, defendendo que não violou "deveres de neutralidade e de isenção". Montenegro explicou que a realização do Conselho de Ministros no Porto foi previamente comunicada a todos os grupos parlamentares e que deputados de todos os partidos foram convidados, como é habitual nas deslocações do executivo. O primeiro-ministro também se referiu a um almoço na Rua Santa Catarina, onde interagiu com os cidadãos, distribuindo cumprimentos e votos de saúde.

As tensões entre os dois partidos aumentaram, com o PS a insistir na necessidade de lealdade e seriedade nas ações do Governo. A situação levanta questões sobre a ética política e a separação entre o Estado e os interesses partidários, um tema que promete ser central nas discussões políticas à medida que se aproximam as eleições.