Governo Chinês Critica Interferência Estrangeira em Taiwan

Pequim manifesta indignação contra países que intervêm em Taiwan.

há 8 dias
Governo Chinês Critica Interferência Estrangeira em Taiwan

© Florence Lo - Reuters

Resumo

O Governo chinês expressou indignação em relação a uma "minoria de países" que, segundo Pequim, interfere nos assuntos internos da China, especialmente no que diz respeito a Taiwan. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun, afirmou que a situação em Taiwan é um "assunto puramente interno" e que as atividades separatistas, apoiadas por forças externas, representam ameaças à paz na região. Os Estados Unidos condenaram as manobras militares chinesas em torno de Taiwan, destacando a importância da paz. O Exército de Libertação Popular da China anunciou a continuidade de exercícios militares no Estreito de Taiwan, com o objetivo de testar capacidades das tropas. A situação permanece tensa, com Taiwan cercada por forças chinesas e a retórica agressiva de Pequim gerando preocupações sobre um possível conflito militar. A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, apelou à contenção de todas as partes envolvidas, enquanto o futuro de Taiwan continua a ser um ponto de discórdia significativo.

O Governo chinês manifestou hoje a sua indignação em relação a uma "minoria de países" que, segundo Pequim, está a interferir nos assuntos internos da China, especialmente no que diz respeito à questão de Taiwan. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun, fez estas declarações durante uma conferência de imprensa, sublinhando que a situação em Taiwan é um "assunto puramente interno" que não deve ser alvo de intervenção externa. Guo enfatizou que as atividades "separatistas" que promovem a independência de Taiwan, juntamente com o apoio de forças externas, são as verdadeiras ameaças à paz e estabilidade na região.

O porta-voz apelou a uma maior consideração pela soberania e integridade territorial da China, afirmando que qualquer apoio à independência de Taiwan representa uma violação dos assuntos internos do país. "Defender a independência de Taiwan é dividir o país; apoiá-la é interferir nos assuntos internos da China", declarou Guo, alertando que as manobras militares do Exército chinês são uma resposta disciplinar às provocações da administração de Taiwan, liderada por William Lai, que tem sido criticada por suas tentativas de promover a independência.

Na terça-feira, os Estados Unidos condenaram as manobras militares chinesas em torno de Taiwan, reiterando a importância de manter a paz na região. O Exército de Libertação Popular da China anunciou que irá continuar a realizar exercícios militares no centro e sul do Estreito de Taiwan, com o objetivo de "testar as capacidades das tropas". Os exercícios, designados "Straits Thunder-2025A", incluem atividades de "identificação e verificação", "aviso e expulsão", e "interceção e detenção", focando-se em áreas como controle aéreo e ataques de precisão.

Estes exercícios militares ocorrem em um contexto de crescente tensão, especialmente após a visita do secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, à Ásia, onde criticou as ações de Pequim. O Ministério da Defesa de Taiwan confirmou que a ilha está cercada por forças chinesas, com dezenas de aviões e navios de guerra em operação nas proximidades. A retórica agressiva da China, que inclui a caracterização de Taiwan como uma "força externa hostil", tem gerado preocupações sobre a possibilidade de um conflito militar na região.

Além disso, o governo chinês tem intensificado suas manobras militares, que simulam bloqueios marítimos e aéreos em torno de Taiwan, enquanto a administração de Lai Ching-te implementa medidas para contrabalançar o que considera uma campanha de infiltração do Partido Comunista Chinês na ilha. A situação permanece tensa, com analistas a preverem que a China poderá optar por um bloqueio em vez de uma invasão em larga escala, dado o risco associado a tal ação.

A comunidade internacional, incluindo a União Europeia, expressou preocupação com a escalada das tensões, apelando a todas as partes para que demonstrem contenção e evitem ações que possam agravar a situação. O futuro de Taiwan, que se autogoverna desde 1949 e possui um sistema político distinto do da República Popular da China, continua a ser um ponto de discórdia significativo entre Pequim e a comunidade internacional.