Descoberta de nova espécie de dinossauro herbívoro em Portugal

Investigadores revelam nova espécie de dinossauro do Jurássico Superior em Portugal, ampliando conhecimento paleontológico.

há 8 dias
Descoberta de nova espécie de dinossauro herbívoro em Portugal

© NOVA FCT

Resumo

Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa anunciaram a descoberta de uma nova espécie de dinossauro herbívoro, que viveu em Portugal há cerca de 150 milhões de anos. O exemplar, identificado como SHN.JJS.015, pertence ao grupo dos iguanodontianos e foi encontrado na Sociedade de História Natural de Torres Vedras. A descoberta surpreendeu os investigadores, que acreditavam que a diversidade deste grupo já estava bem documentada. O novo dinossauro é significativamente mais corpulento do que outras espécies conhecidas, como o Draconyx e o Eousdryosaurus. Além do exemplar principal, foram encontrados vestígios fósseis adicionais, sugerindo que estes dinossauros eram relativamente comuns na região durante o Jurássico Superior. A pesquisa, publicada na revista Journal of Systematic Palaeontology, destaca a importância da Europa na história evolutiva dos dinossauros, com semelhanças entre o novo dinossauro e espécies encontradas na América do Norte. O estudo envolveu várias instituições europeias e locais, contribuindo para o conhecimento sobre a rica história paleontológica de Portugal.

Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa anunciaram a descoberta de uma nova espécie de dinossauro herbívoro, que viveu em Portugal há cerca de 150 milhões de anos. Este achado, que ainda não possui um nome científico, foi revelado em um comunicado da Nova FCT e representa um avanço significativo no entendimento da diversidade da fauna de dinossauros que habitou a Península Ibérica durante o Jurássico Superior.

O exemplar, identificado como SHN.JJS.015 e depositado na Sociedade de História Natural de Torres Vedras, pertence ao grupo dos iguanodontianos. A sua descoberta foi uma surpresa para os investigadores, que acreditavam que a diversidade deste grupo já estava bem documentada. Filippo Maria Rotatori, do centro de investigação GEOBIOTEC, expressou a sua surpresa, afirmando que “esta descoberta demonstra que ainda há muito a aprender e que novas descobertas emocionantes podem surgir no futuro próximo”. Devido à escassez de material recuperado, ainda não foi possível atribuir um nome formal a esta nova espécie.

Os estudos realizados indicam que este dinossauro era significativamente mais corpulento do que outras espécies conhecidas, como o Draconyx e o Eousdryosaurus, com as quais provavelmente partilhou o seu ecossistema. Fernando Escaso, professor na UNED e coautor do estudo, destacou que a estimativa do tamanho e da massa corporal do novo dinossauro revela que se tratava de um “peso pesado”.

Além do exemplar principal, foram encontrados outros vestígios fósseis, incluindo fémures isolados de menor dimensão, sugerindo que estes dinossauros eram relativamente comuns em Portugal durante o Jurássico Superior. Bruno Camilo, doutorando no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, enfatizou que esta é a primeira vez que diferentes grupos etários deste tipo de dinossauro são encontrados no país, o que abre novas possibilidades para investigações futuras.

A descoberta também sublinha a importância da Europa na história evolutiva e migratória dos dinossauros. Filippo Bertozzo, do Royal Belgian Institute of Natural Sciences, observou que o novo dinossauro apresenta semelhanças com outras espécies de iguanodontianos encontradas na América do Norte e em outras partes da Europa. Ele acrescentou que, durante o Jurássico, a Península Ibérica pode ter desempenhado um papel crucial nas trocas faunísticas entre continentes.

A pesquisa foi realizada em colaboração com várias instituições europeias e organizações locais dedicadas à preservação do património geológico e paleontológico de Portugal. Além da Nova FCT e da UNED, participaram no estudo instituições portuguesas como a Sociedade de História Natural de Torres Vedras e o Museu da Lourinhã, que abrigam o material estudado. O trabalho foi publicado na revista científica Journal of Systematic Palaeontology, contribuindo para o crescente conhecimento sobre a rica história paleontológica da região.