Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos (OM), anunciou hoje a sua recandidatura a um segundo mandato nas eleições agendadas para maio. Em declarações à agência Lusa, Cortes explicou que a sua decisão é motivada pela continuidade de vários projetos que ainda não foram concluídos durante o seu primeiro mandato. Um dos principais projetos em destaque é o "Rumo para a Saúde", que tem a duração de um ano e pretende envolver a classe médica e os prestadores de cuidados de saúde na busca de soluções para o setor em Portugal, além de promover uma modernização interna da OM.
Cortes sublinhou que, entre as suas prioridades para um eventual segundo mandato, está a "defesa e proteção do ato médico", com o intuito de salvaguardar tanto a prática médica quanto os interesses dos doentes. O bastonário enfatizou que a OM deve ser um "parceiro absolutamente incontornável" na formulação de soluções para os desafios da saúde em Portugal. "A OM não é uma organização de contrapoder, mas sim uma entidade que defende a qualidade dos cuidados de saúde. Sentimos a obrigação moral de apresentar soluções concretas para desenvolver a saúde no nosso país", afirmou.
As eleições, que estavam inicialmente previstas para janeiro de 2026, foram antecipadas para maio devido a alterações no Estatuto da OM, que exigem a realização do processo eleitoral dentro de um ano após a publicação da revisão estatutária. Carlos Cortes, patologista clínico, assumiu o cargo em março de 2023, após ser eleito com 61,94% dos votos na segunda volta das eleições, onde competiu com o médico Rui Nunes.
O prazo para a apresentação de candidaturas termina na próxima quinta-feira, com a votação agendada entre 29 de maio e 3 de junho. Se necessário, uma segunda volta para a eleição do bastonário ocorrerá entre 20 e 25 de junho, com a posse a ser realizada até 30 dias após o ato eleitoral. Para ser candidato a bastonário, é necessário ter pelo menos cinco anos de inscrição na Ordem dos Médicos e a candidatura deve ser apoiada por um mínimo de 500 médicos em pleno gozo dos seus direitos estatutários, representando todas as regiões.
Além do bastonário, as eleições incluirão a escolha de vários órgãos, como a Assembleia de Representantes, o Conselho de Supervisão, o Conselho Disciplinar Nacional, entre outros. Cada lista de candidatos deve ser proposta por um mínimo de 150 médicos ou, alternativamente, por 10% dos médicos inscritos na área do círculo eleitoral correspondente. As listas devem também garantir que a representação de cada sexo não seja inferior a 40%. Não podem ser eleitos para os órgãos da OM aqueles que fazem parte dos órgãos sociais das associações sindicais ou patronais do setor da saúde.
Resumo
Carlos Cortes, atual bastonário da Ordem dos Médicos, anunciou a sua recandidatura a um segundo mandato nas eleições que ocorrerão em maio. Em declarações à agência Lusa, Cortes justificou a sua decisão com a necessidade de dar continuidade a projetos em curso, como o "Rumo para a Saúde", que visa envolver a classe médica na busca de soluções para o setor da saúde em Portugal e promover a modernização da OM. Entre as suas prioridades, destaca-se a defesa do ato médico, com o objetivo de proteger tanto a prática médica quanto os interesses dos doentes. Cortes sublinhou que a OM deve ser um parceiro essencial na formulação de soluções para os desafios da saúde no país. As eleições, antecipadas devido a alterações no Estatuto da OM, terão o prazo de candidaturas até quinta-feira, com a votação marcada entre 29 de maio e 3 de junho. A eleição do bastonário poderá incluir uma segunda volta, se necessário, entre 20 e 25 de junho. Para ser candidato, é necessário ter pelo menos cinco anos de inscrição na Ordem e apoio de 500 médicos.